O ácido fólico e o folato são termos que muitas vezes são usados indistintamente, mas na verdade referem-se a duas formas diferentes de vitamina B9. Embora tenham funções semelhantes no corpo, existem algumas diferenças importantes entre eles que podem afetar a sua eficácia como fonte nutricional. A verdade infeliz, especialmente no Reino Unido, é que muitos médicos e parteiras não estão cientes das diferenças entre o folato e o ácido fólico.
Ácido fólico vs folato: as diferenças
O ácido fólico é a forma sintética de vitamina B9 que é encontrada na maioria dos alimentos fortificados e suplementos dietéticos. É comumente usado para fortificar grãos e cereais, a fim de aumentar a ingestão diária média de vitamina B9 na população. O ácido fólico também é adicionado a muitas vitaminas pré-natais genéricas, pois é conhecido por ser importante para o desenvolvimento fetal e em estudos populacionais leva a reduções de bebés que nascem com espinha bífida. Muitas das vitaminas pré-concepcionais e pré-natais mais vendidas e recomendadas pelos médicos em todo o mundo contêm ácido fólico e não folato, isso é geralmente porque o ácido fólico é um ingrediente mais barato.
Já o folato é a forma natural de vitamina B9 que é encontrada em alimentos como verduras, feijões e frutas cítricas. Ao contrário do ácido fólico, o folato não precisa ser convertido pelo corpo antes de ser usado, tornando-se uma fonte mais eficiente e biodisponível da vitamina. Algumas pessoas simplesmente não convertem o ácido fólico em B9 folato da maneira esperada e não há uma maneira confiável de determinar em grande escala quem está ou não a converter o ácido fólico em B9 sem testes genéticos. Em resumo, é um pouco de loteria.
Por que tomar folato em vez de ácido fólico?
Existem várias razões pelas quais o folato é uma fonte nutricional melhor do que o ácido fólico. Em primeiro lugar, algumas pessoas têm uma mutação genética que dificulta a conversão do ácido fólico na forma ativa de vitamina B9. Isso pode resultar numa deficiência, mesmo se estiverem a consumir quantidades adequadas de ácido fólico. O folato já está na forma ativa, então pode ser facilmente utilizado pelo corpo.
Em segundo lugar, a ingestão excessiva de ácido fólico pode realmente mascarar uma deficiência de vitamina B12, o que pode levar a problemas neurológicos ao longo do tempo para a mãe e o bebé. O folato não tem este efeito, uma vez que não interfere com o metabolismo da vitamina B12.
Para mulheres grávidas, o ácido fólico é especialmente importante, pois desempenha um papel crucial no desenvolvimento fetal, particularmente na formação do tubo neural, que se torna o cérebro e a medula espinhal. Uma ingestão adequada de folato antes e durante a gravidez pode ajudar a reduzir o risco de defeitos do tubo neural, como a espinha bífida. Na verdade, o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas recomenda que todas as mulheres em idade fértil consumam de 400 a 800 microgramas de folato por dia para ajudar a prevenir defeitos do tubo neural.
Embora o ácido fólico possa ser uma maneira conveniente de aumentar a ingestão de vitamina B9, não é a fonte nutricional ideal. Consumir uma dieta rica em alimentos contendo folato é uma maneira mais eficaz de garantir que está a obter a forma ativa da vitamina, o que é importante para a saúde e o bem-estar geral.
Em resumo, a principal diferença entre o ácido fólico e o folato é que o folato é a forma naturalmente ocorrente de vitamina B9 encontrada em alimentos, enquanto o ácido fólico é a forma sintética adicionada a alimentos fortificados e suplementos alimentares. O folato é mais eficiente e bio-disponível, o que significa que o corpo pode usá-lo mais facilmente do que o ácido fólico. Além disso, o consumo excessivo de ácido fólico pode mascarar uma deficiência de vitamina B12, o que pode levar a problemas neurológicos ao longo do tempo para a mãe e o bébé. Por todas essas razões, muitos especialistas recomendam o uso de folato em vez de ácido fólico para a saúde geral e durante a concepção e gravidez.
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